quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O NASCIMENTO DE UM NOVO ASTRO


Ainda não tive a oportunidade de ouvir - a não ser em gravação - o pianista Aleyson Scopel e foi exatamente através do CD gravado ao vivo na Sala “Cecília Meireles” e gentilmente oferecido pela revista CONCERTO, que travei conhecimento com a arte desse jovem artista.
Confesso que fiquei apreensivo ao constatar a ousadia do jovem pianista na escolha do repertório, todo ele de alta complexidade interpretativa e por essa razão, praticamente ignorado pela grande maioria dos pianistas. Na medida em que a música me chegava aos ouvidos, a apreensão foi se transformando em agradável surpresa, em sincera admiração, em incontrolável emoção. Posso estar enganado, mas acredito que estamos frente a um artista que em breve alcançará o topo da lista dos grandes pianistas que o Brasil já deu para o mundo.
O que sempre procurei na arte dos pianistas e que poucas vezes encontrei, fui capaz de perceber nas execuções do jovem Scopel. A sonoridade limpa e emotiva, a clareza e o desenvolvido senso estético na exposição sonora de cada uma das obras apresentadas, a impressão de naturalidade frente as maiores dificuldades, são atributos que poucos chegam a alcançar e esse jovem já alcançou.
O que sempre procurei nos pianistas e que poucas vezes encontrei, fui capaz de perceber nas execuções do jovem Scopel. A sonoridade limpa e emotiva, a clareza e o desenvolvido senso estético na exposição sonora de cada uma das obras apresentadas e a impressão de naturalidade frente às maiores dificuldades, são atributos que poucos chegam a alcançar e esse jovem já alcançou.
Do lirismo da Sonata de Scarlatti e da introspecção do belíssimo Adágio (K. 540) de Mozart, ao salto para as galáxias das “Cartas Celestes” de Almeida Prado e finalmen-te para o romantismo exacerbado de Schumann, o que se percebe é a unicidade do pen-samento artístico do interprete. Apesar do abismo estético que separa cada um dos autores, o que transparece é a poderosa contribuição do artista, que diferentemente da grande maioria, não apenas toca, mas recria cada uma das obras, deixando nelas a sua marca. Estamos presenciando o nascimento de um novo astro, quem sabe saído do mapa astral desenhado pelo meu amigo Almeida Prado.

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