segunda-feira, 6 de agosto de 2012



Por quê?

Não sou um blogueiro constante, como os amigos já puderam perceber.
Escrevo ao sabor do vento, principalmente quando o vento começa a me incomodar, e ultimamente, não sei se por rabugice, ou por me sentir traído em todas as causas que abracei, comecei a sentir vontade de colocar em letra de forma, as minhas discordâncias com o estado de descalabro que reina em nosso país.
Não vou me deter em assuntos políticos porque a política, hoje, dá nojo.
A saúde, a segurança, o ensino, o padrão de honestidade e a decência da maioria dos cidadãos brasileiros como tudo o mais que vemos e sentimos por aí, são de tirar o fôlego de qualquer um.
Para piorar a situação, o que irrita mesmo é a hipocrisia, o falso moralismo, a “cara de pau”, de muitos que se autoproclamam politicamente corretos e vem a público em defesa do indefensável.
Não vou perder tempo com as mazelas, que estamos cansados de ver e ouvir pela televisão, nem com as que são publicadas pelos jornais. Essas todos já se deram conta delas. Quero é chamar a atenção para as pequenas grandes coisas, que o correcorre diário não permite à maioria, parar para pensar.
Vou apenas citar, sem comentar. Deixo a ponderação para quem quiser pensar no assunto.
São perguntas para as quais gostaria de obter respostas.

POR QUÊ:
As emissoras de televisão, indistintamente, sentem o mórbido prazer de só mostrar desgraças?
POR QUÊ:
Na falta de infortúnios caseiros, vão procurar catástrofes e calamidades do outro lado do mundo?
POR QUÊ:
Ao anunciar provas automobilísticas, colocam sempre em destaque os acidentes que aconteceram em corridas anteriores?
POR QUÊ:
A fala padrão, da maioria dos apresentadores e atores, em qualquer programa, seja nas novelas, nos noticiários, programas de auditório, nos programas humorísticos e nos intervalos promocionais, é sempre aos berros?
POR QUÊ:
A maioria dos jornais, revistas e jornalistas, que corretamente se posicionam contra a censura, usarem dela, diariamente, deixando de noticiar fatos e notícias de indiscutível relevância cultural?
POR QUÊ:
Fazer pesquisas sobre: “a pena de morte”; “o maior dos brasileiros”; “a homofobia”; “o aborto”; “como melhorar o ensino”; “a saúde”; “a segurança” e tantas outras, se a formação sociocultural que oferecem ao povo é abaixo da crítica, ou seja, nula?
POR QUÊ:
Os jornais e revistas censuram, de modo descarado, o trabalho dos poetas, dos escritores, dos músicos eruditos, dos pintores e escultores, só lhes reservando espaço no obituário, ou então, para aqueles que, mesmo de qualidade inferior, venham apaniguados por patrocinadores?
POR QUÊ:
Os locutores, cronistas esportivos e comentaristas, como também as emissoras à qual pertencem, deixam perceber através das suas posturas qual o clube do “seu coração” usando de dois pesos e duas medidas?


POR QUÊ:
Esses mesmos senhores demonstram, publicamente, a sua falta de educação cívica, não fechando a matraca enquanto é executado o Hino Nacional?
POR QUÊ:
Tanta falta de compostura, de respeito, de educação e de ética, por parte de quem se diz defensor das liberdades individuais?

Alguém pode responder.  Sem sofismar?